segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Family Life



What now?

The maternity leave is almost over and most working mothers are haunted with the dreaded question: Who should I entrust my baby to when I get back to work? Most often there are only two options, either a day care or hiring a nanny. Neither is very exciting, especially for a new mom.
A nanny is a very common option, especially in countries like Brazil where hiring someone to look after the baby is so cheap. But who are these people we’re entrusting our babies’ care? Most of them are young girls, with low education and even lower career options. Many have close to no experience at all, but seem kind and “good with children”. Is this enough?
How can we be sure our little ones are well cared for? First of all, check for references, even if the person was indicated by someone you know. Invite the applicant for an interview and ask questions about why she left her previous job, how old were the children, her expectations for the job etc. If possible, introduce her to the child and give them some time to bond, see what happens. Children are very good with first impressions. Finally, try to stay around as much as possible during the first week. That should give you just enough time to see if it works.
For those moms who feel safer about leaving their children in a day care, there are some tips too. According to Alice, a physical therapist who raises Vitor, her 10 year old son alone, safety was the main reason why she chose to send him to a day care.
“I knew he was cared for by professionals and if anything happened to him, they would know just what to do. He was always happy to go there and had many little friends.” She says. Doing some research and asking for references is also important when looking for a nice place to leave the children.
There’s no right or wrong answer in the end. The most important thing is to do whatever makes the parents feel more comfortable and safe.

Text: Marina Ramalho
Pics: Digital Vision

A espera...

A maternidade é um acontecimento de fato especial na vida das mulheres. As descobertas, medos, dúvidas e alegrias são únicas, portanto aquele papo de que mãe de primeira viagem sofre mais do que mãe de segunda, é balela. Independente de quantos filhos tenha, cada gestação é única e os sentimentos que a cercam, também.
Se na primeira tudo era novidade, na segunda nem tudo. No entanto, as preocupações parecem duplicar. Se antes a mãe dava conta de cuidar e amar uma criança, agora terá de dividir suas atenções com o novo rebento e dar conta dos dois. Para muitos, isso pode parecer bobagem, mas para a mulher que está vivendo a segunda gravidez no presente momento, não é.
Essa é a minha atual situação. Diariamente vivo as felicidades e dificuldades da maternidade. Amar o filho é o mais fácil, o difícil é se adaptar às mudanças e exigências dos pequenos. Se com um filho já é complicado, imagine com dois. Me pergunto como vai ser, se vou dar conta, se vou conseguir... A ansiedade ainda não tomou conta de mim, mas confesso que já fico imaginando o chorinho do bebê (ainda não sei se é menino ou menina), o momento da amamentação, do banho e do soninho, quando a gente fica boba olhando para a criança, em busca de traços nossos e pensando, "que anjinho lindo".
Igual a primeira gravidez, não vejo a hora de começar a sentir a criança mexer. Adorei a sensação e estou contando os meses para voltar a sentir. Ao contrário da maioria das mulheres, não gosto de expor o barrigão. Me sinto estranha. Diria até um pouco egoísta, pois acho que a gravidez é para ser vivenciada por mim, pelo pai e pela criança...
Curiosidades tenho muitas. Com quem vai parecer fisicamente, como vai ser o temperamento, se vou conseguir amamentar com menos dificuldade do que quando tive o meu primeiro filho, se vai dormir bem... Enfim, como todas as mães, tenho questionamentos que só serão respondidos quando a criança nascer. De uma coisa tenho certeza, o período mais tranquilo é quando está no ventre e o mais emocionante é acompanhar as descobertas de um filho.




Texto: Luciana Tito.
Foto: Luciana, seu filho Danilo, 3 anos, e a filha ainda na barriga (sim, agora ela já sabe que é uma menina).

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Enchendo Lingüiça







Todos sabem que crianças não param nunca! E quando estão entediadas pode apostar que irão procurar o que fazer, seja brigar com o irmãozinho, jogar futebol na sala ou dar banho nas Barbies na pia do banheiro (eu adorava fazer isso). Para evitar que aquela tarde de folga se transforme num martírio que tal planejar uma tarde de brincadeiras com os colegas? Crianças também precisam de tempo para socializar e esta alternativa também permite aos pais terem o seu tempo livre enquanto estão de olho nos pequenos.
Bastante populares, as tardes de brincadeiras na casa dos colegas não precisam de idade certa para começar a acontecer, mas podem se tornar uma atividade social prazerosa tanto para as crianças quanto para os pais. Alguns grupos se tornam praticamente oficiais, reunindo-se em dias marcados em períodos regulares (semanais, quinzenais, mensais). O rodízio das casas também é interessante, pois cada encontro é organizado por uma das famílias. A seguir, um guia simples de como organizar uma tarde divertida para os seus pequenos:
Avise aos pais com antecedência, para que todos possam se programar. Caso deseje, convide também os pais, para que vocês também tenham seu momento. No caso de crianças menores de três anos, é essencial que os pais estejam presentes.
Delimite um número de crianças e evite que o grupo tenha idades muito diferentes.
Crianças se entediam facilmente, portanto tenha muitas opções disponíveis para eles: quebra-cabeças, brinquedos, uma caixa com adereços divertidos para um desfile, livros e uma mesinha com lápis de cor e papel caso desejem se aquietar um pouco. A ordem é deixá-los à vontade, para que interajam e se divirtam à sua maneira, mas é sempre uma boa idéia dar uma olhadinha de vez em quando.
Na hora do lanche, sirva coisas simples que não requeiram talheres ou sujem muito. Biscoitos e frutas são uma boa opção, ou quem sabe coloque um filme e sirva uma pipoca para que fiquem quietinhos. Ah, claro... Como se isso fosse possível né?


Marina Ramalho

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Crônicas de uma babá em Notting Hill



Duas semanas, quatro dias, oito horas, quarenta e três minutos e 39 segundos. Esse era o período recorde que Amália havia conseguido ficar sem usar fraldas, o que significava que todas as vezes que ela precisava ir ao banheiro fazer *wee wee*, ela me pedia pra leva-la até lá. Nada mais justo que sair sem usar fraldas, pois com dois aninhos e meio, ela já era quase uma mocinha.
Fazia muito frio e mesmo assim Amália decidiu que queria *encontrar Nemo*, ao contrário do que vocês devem imaginar nós não estávamos indo ao cinema, mas sim ao Aquário de Londres pra ver os peixinhos, não precisa dizer que pra ela todos os peixinhos tinham o singelo nome de Nemo.
Pegamos o ônibus pra Victoria já que o Aquário ficava ali pertinho, em Westminster. Tínhamos uma sacola com tudo que iríamos precisar: maçã, chocolate, suco, lenços... Mas não contávamos com um pequeno grande e mais que obvio detalhe, não estávamos (eu não estava) levando nenhuma roupa extra, nenhuma fralda e é claro que só por causa disso, Amália resolveu, digamos que batizar o ônibus.
Quando percebi o problema já estávamos quase em Victoria depois de um congestionamento enorme. Chovia muito e Amália estava com muito frio e eu desesperada, além de (perdoem o trocadilho) desesperadamente com frio. Eu juro que queria arrumar um jeito de falar sobre isso *lindamente*, mas é difícil transformar xixi em poesia numa hora dessas, por outro lado pra transformar Bia em picolé não custava, e eu não pensei duas vezes antes de tirar o meu casaco e coloca-lo em volta de Amália. Naquele momento de desespero total lembrei dos meus amigos Tadeu e Lisa que tinham um bebê, Teddy e que tomavam conta de um pub ali mesmo em Victoria. O terror invadiu os meus pensamentos, pois na minha cabeça não era certo levar uma criança de menos de três anos de idade pra um ambiente onde serviam bebidas alcoólicas e onde as pessoas fumavam feito chaminé. Como a outra opção possível era pneumonia, resolvi ir até lá e fazer o que tinha que ser feito, encarar o Pub e explicar a situação pra mãe de Amália mais tarde.
A viagem de três minutos da estação até o pub pareceu uma eternidade.Tadeu não estava e Lisa é que estava trabalhando naquela tarde. Assim que ela nos viu, nos levou ao flat deles que ficava em cima do pub, colocou as roupas de Amália pra secar e fez chocolate quente pra nós duas. Amália e Teddy se deram muito bem e ficaram brincando até quase 6 horas da tarde, enquanto eu respirava aliviada depois do susto.
A partir desse dia nunca mais deixei de carregar uma mochila com todos os itens necessários e desnecessários, pra qualquer lugar que nós fossemos.
E Nemo? Ainda não o encontramos, mas quem sabe na próxima...
Crônica de Ana Beatriz Gondim
Foto: Filme procurando Nemo/Disney

Psicologia - Free Speech Zone


O sexo dos anjos I


Uma das coisas mais difíceis no trabalho com crianças – seja ele qual for – é que elas nos colocam frente às nossas dificuldades mais íntimas e desconhecidas. E uma das dificuldades que costumam ser relatadas por quem se ocupa das crianças é em relação à sexualidade. Por que é tão difícil?
Esse é um capítulo muito extenso e complexo (porque complexa é a sexualidade humana) e me ocuparei no momento de um caso, que é o caso de muitos.
Uma colega que atualmente é au pair comentou comigo que já se percebeu que a criança da qual ela cuida se masturba. A criança tem cinco anos e isso a desconcertou. “Ela é muito pequena para essas coisas” ela disse. O que ela fez? Fez de conta que não viu. A criança sabe que ela viu, e ela sabe que viu. Diante disso, o que fazer?
A criança que descobre que sim, existem partes desconhecidas no seu corpo e sim, mexer nelas pode ser divertido e estranho, precisa ser orientada. Precisa saber que aquilo é normal, acontece com todo mundo, mas que é feito dentro de ambientes privados.
A sexualidade infantil precisa ser cuidada, orientada, e tratada com toda a naturalidade que for possível a quem está se ocupando dela. Nomear as coisas, falar sobre o assunto quando ele surge não é estimular precocemente. É permitir que esse assunto não se torne mais tabu do que já é naturalmente.
Recentemente vi uma menina de nove anos, vestida com uma roupinha sexy de diabinha numa festinha de Halloween da escola e sua mãe dizendo que tirasse fotos com o tridente que ela carregava, fazendo poses dignas de um ensaio fotográfico para a Playboy tween. Vai chegar a hora de ser sexy, de fazer poses e tudo mais. Deixar que uma criança se exponha assim não é ser moderna ou estar “O.K” com a sexualidade da filha, é estimular algo que a criança não está pronta para lidar. O momento vai chegar, mas precisa ser agora?

Aguardo seus comentários e se quiserem compartilhar, seus causos.
Até a próxima.

Aline Maia – nineb@hotmail.com

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Educação



Quanto antes melhor

O mercado de trabalho exige cada vez mais diferencial. E a corrida por qualificação está começando cada vez mais cedo. Se alguns anos atrás, estudar inglês era considerado supérfluo hoje é cada vez mais comum encontrar crianças que mal saíram do jardim de infância nos cursos de idiomas. Afinal? Existe fundamento para a idéia de que crianças realmente aprendem línguas mais facilmente?
Segundo a professora Luciana Monteiro, que há 12 anos trabalha com o ensino de inglês para crianças, crianças expostas a um ou vários códigos lingüísticos ainda na primeira infância, desenvolvem o pensamento abstrato, além de terem um incrível ganho cultural e social.
“ Crianças até os 4 anos, possuem as chamadas “janelas” do conhecimento . Tudo o que vêem, aprendem instantaneamente. A partir desta idade, a língua mãe já está estruturada como código principal, e as janelas começam a se fechar. Elas aprenderão outros idiomas, certamente, mas não com a mesma facilidade”.
A escola Open Doors, da qual Luciana é orientadora pedagógica, tem tido muito sucesso com um programa de ensino voltado às crianças não alfabetizadas, utilizando um método bastante lúdico, criativo e interessante para captar a atenção e despertar a paixão dos pequenos pelo idioma. (Foto abaixo). A escola iniciou um projeto piloto com crianças em torno de 1 ano e meio e segundo Luciana, está tendo resultados bastante positivos.
Para os pais que desejam um programa ainda mais intensivo, há a opção das chamadas escolas bilíngües, que geralmente seguem um currículo diferente, completamente ministrado no segundo idioma. A estudante de pedagogia, Susie Soares conta que optou por colocar o filho Yohan, de oito anos, numa escola bilíngüe porque deseja fazer uma pós-graduação na França em 2009, e quer que o filho se sinta confortável com o novo idioma. Ela diz que Yohan sofreu um pouco com a adaptação, mas hoje está bastante feliz na nova escola:
“No inicio, estava um pouco 'observateur', como foi colocado pela diretora Mireille, que é francesa. Não se entrosava muito, e ficava 'na dele'. Não compreendia nada das aulas de historia, geografia e até matemática que são também ministradas em francês. Quando eu falava com ele em francês, ele tinha uma barreira grande, não queria ouvir. Mas após o primeiro semestre, ele foi se identificando, e agora está gostando muito. Já consegue se expressar, fez novos amigos, alguns franceses, e nem se importa mais em trocar frases em francês comigo.”
Na hora de decidir se chegou o momento certo para os seus pequenos, o mais importante é respeitar os limites de cada uma e evitar forçar a nova situação. Vale lembrar que crianças aprendem mais quando se sentem estimuladas e felizes.
Texto e fotos: Marina Ramalho

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O MAAT agora é internacional. / MAAT goes international


A partir de agora, o MAAT é bilíngue e a maioria das matérias e colunas estarão disponíveis também em inglês. Não deixem de ler! MAAT now is bilingual and most of our articles and columns will also be available in English. Keep tuned!