terça-feira, 16 de outubro de 2007

O Lado Negro da Maternidade

O Lado Negro da Maternidade será um espaço dedicado a dar uma visão divertida a algumas das situações constrangedoras, pelas quais todas as mães são obrigadas a passar. Algumas vezes sentimos vontade de sumir na hora, mas quando tudo se resolve, é ótimo saber que teremos histórias divertidas para contar aos rebentos, quando eles já não forem mais tão pequenos.

Mas vou deixar de papo-furado e começar a contar o primeiro “causo”, que foi quando descobri que a maternidade realmente transforma a mulher. Nem sempre da forma como ela imaginava...


Quando Rafael nasceu, eu tinha 21 anos, um pouquinho de experiência de vida e muitas expectativas acerca da maternidade, mas posso garantir que, entre elas, não estava a de me transformar em uma espécie de “cabide humano”.

Saí da maternidade no dia seguinte ao nascimento do meu filhote, já carregando bolsas cheias de roupas, lembrancinhas e presentes de alguns amigos. Meus pais me acompanharam na volta para casa e, claro, o vovô orgulhoso quis levar Rafael no colo. Naquele momento percebi que nunca mais conseguiria sair de casa sem levar sequer uma sacolinha a tiracolo.

E a minha previsão se confirmou... a cada ida à esquina, a bagagem era enorme! Depois do nascimento de Carolina, hoje com pouco mais de 3 anos, me via pedindo a Deus pra fazer nascer mais uns quatro braços, para que eu conseguisse dar conta de transportar tantos objetos ao mesmo tempo!

Em uma das clássicas cenas da “mãe cabide”, me percebi no shopping, empurrando o carrinho em que Carolina estava, várias sacolas penduradas na alça do carrinho, duas bolsas encaixadas na parte de baixo, com uma boneca em uma mão e um power ranger quase caindo da minha bolsa. Para completar, enquanto gritava loucamente para que Rafael não corresse para muito longe, pois o lugar estava cheio, ouvia Carolina me fazendo mil perguntas (todas “inintendíveis”). E, como se não bastasse, ainda tinha que explicar, pacientemente e detalhadamente, porque ninguém ia comer batata frita, tomar sorvete, nem ir ao cinema, já que eles querem tudo agora-imediatamente-pra-já!

São momentos como esses que me ensinam o quanto estar no carro, olhar pra trás e ver aquelas duas figurinhas sentadas, já com o cinto de segurança, proporciona uma imensa satisfação e sentimento de dever cumprido, podendo ser comparado a uma medalha olímpica!

E que a força esteja conosco!

Texto: Sílvia Ribeiro Dantas

Foto: Sílvia e seus pimpolhos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Haha, adorei a parte do cabide!
Tambem sou uma, mesmo pra ir ateh a esquina temos que nos equipar, certo? Aqui no Japao tem uns "penduradores" de sacolas que acoplamos no "empurrador" do carrinho, jah consegui quebrar 3, de tanto que penduro mil coisas neles, hahaha!
Beijos, amei o texto! Soh muda o pais!
Fla e cia

Unknown disse...

Hahahaha! Não tem como ler essa descrição da mãe-cabide e não se identificar!

Se fossem definir um salário pra profissão de MÃE, acho que nunca chegariam num acordo quanto ao valor!

Não tem dinheiro que pague o trabalho que temos com nossos filhotes, mas nos contentamos com cada sorrisinho, com cada "eu te amo, mamãe" ou com as carinhas de sapeca que eles nos dão, não é?

Ser mãe não é fácil, mas é a melhor profissão do mundo!

Beijocas.

Joana disse...

Sempre me sinto um cabide humano... e agra, com o "vicio" delicioso de carregar o Marcelinho no sling, além de toas as bolsas e sacolas, tem meu tesouro-menor....
Jo e seus tres mosqueteiros

Patrícia Cordeiro disse...

Rapaz, eu que ainda nem sou mãe nem nada passo por isso! Quando saímos com Hugo, e olhe que ele já tem seis anos, ou pe a bolsa, ou a bola, ou a chinela, ou o boneco, ou o brinde do parque, ou a agua e o algodão doce...enfim. O bom é que vou treinando os meus "braços invisíveis"!!
rsrsrs

Mme. S. disse...

É incrível. Quando não se é mãe (como eu), mas metida a besta a ser um dia, a gente costuma falar muito sobre criança e coisa e tal. Agora, lendo você, eu vi o quanto a "fala com a prática" faz toda a diferença que só a "fala". Parabéns pelo espaço, adorei. Vou vir sempre e recomendarei às já mães ou pré-mães (como eu). Sheyla